quarta-feira, 30 de março de 2011

#Medo

Essa semana me bati mais uma vez com um dos meus bloqueios para querer engravidar. Okkkk, um dos meus medos.
Nós temos duas lindas golden retrievers, as godafofas  Godiva e Amelie. A Goda é a baby da casa com 2 anos e Melí com 4 é a irmã mais velha. Não, né medo delas engolirem o bebê não, tá mais fácil o bebê engolir as duas bobonas.
A questão é que as duas fofuchas caíram doentes. No domingo Amelie apareceu com uma dermatite que tomava todo o pescoço e parte da orelha (e caiu nos antibióticos) e hoje, chegando em casa vi que a Goda tava mals do estômago e andou botando os bofinhos pra fora.
Primeiro problema delas doentes é o famoso olhar de “tô muito mal!me cuide! me salve!” (certeza que elas treinam no espelho, juro!). Eu fico a-r-r-a-s-a-d-a.  Elas deitam em pose de sapo e me olham de baixo pra cima mexendo só os olhinhos para o alto, sem levantar a cabeça e sem girar o pescoço.
E é pá-puf: eu  boto no colo...dou todos os brinquedos que elas querem...deixo entrar em casa...faço bastante carinho...dou mais comida do que deveria etc...Eu mimo mesmo. 
Segundo probs é que eu não entendo PN de doença nenhuma e  junto com isso carrego o pessimismo que herdei da minha mamusca. Do alto da minha ignorância meu coração fica aflito e eu só penso no pior.
Quando vi a Goda tão cabisbaixa hoje (abre parênteses para explicar que a Goda é mega hiper ultra elétrica e aprontona), eu, com os olhos cheios de lágrima perguntei ao maridinho (devia ta com aquela mesma carinha do gato de botas que elas fazem pra mim):
 - mô...ela tá morrendo...?
Olha, ainda bem que tenho o marido que tenho porque se encontro um desequilibrado que nem eu, sei não viu?  Ele ainda me responde com toda calma do mundo:
- não, ela não vai morrer viu, louca amor? É só uma dor de barriga e ela vai ficar bem.
Que angústia que eu fico, afi! E a angústia cresce porque eu fico olhando para elas tentando adivinhar se aquilo tá doendo, incomodando, se tá dando enjoo, se tá coçando, se arranhou a garganta, se tá ardendo a pele...eu pergunto, questiono, mas o problema é que elas não falam. Jisuismariajose, é uma agonia isso de não ter as respostas! De ficar adivinhando e tendo que acreditar nas hipóteses.
Daí meu medo. Fico imaginando como é que a gente faz com um bebê, que também faz aquela cara sofrida, de quem também não irei entender de doença nenhuma , por quem vou ficar ainda mais aflita pensando infinitamente nos piores diagnósticos e que também não falam. Gente, mãe sofre né? Eu já sofro por antecedência.

Mira se no és de matar?

Um comentário:

  1. Oi, conheci teu blog agora e me vi num passado não tão distante. hehehehe
    Casada desde criança, digo novinha (21 no caso), sofrendo mega pressão materna, feliz com a tranquilidade e agito que é a vida de um casal sem filhos e com dois cães mega fofos que fazem o que querem comigo (no caso dois beagles lindosdemorrer.
    Então, eu praticamente posso dizer que sou você amanhã! rá!

    Bem, eu tinha essa vontade de querer querer, mas não tava querendo... e isso foi até os 29 anos, quando o instinto materno me pegou em cheio e daí pra diante minha vida se transformou completamente (tá, até tem um tom dramático nessa afirmação, mas não é de todo exagero).

    Faz pouco mais de um ano isso. Nesse meio tempo engravidei, perdi, tentei engravidar de novo, desisti e agora tô tentando de novo, mas num clima mais relax.

    Então, tô aqui pra dizer que se você ouviu falar que a vida muda completamente quando se tem um filho, essa informação tá errada.
    A vida já muda quando você decide tê-lo, ou como vc bem sabe, quando se pensa sobre essa possíbilidade. Ahhhhhh!

    Prazer! Boa sorte nas decisões!
    beijo

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